Hoje, dia 18 de fevereiro de 2018, fazem 3 anos que uma das pessoas mais importantes da minha vida nos deixou.
A minha avó.
Hoje de manhã fui à missa por alma dela.
Ela iria rir com a minha imitação do sotaque africano do padre a a dizer o nome dela.
Iria achar piada a missa ser em francês.
E iria rir com mais vontade ainda por saber que me levantei cedíssimo a um domingo para ir a uma missa.
Só mesmo por ela :)
domingo, 18 de fevereiro de 2018
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Neve
Pois então apareceu a neve.
Apareceu o bordel.
Apareceram os colegas em atraso.
Apareceram as escolas fechadas.
Apareceram os acidentes de carro.
Enfim... tudo branquinho e à noite até parece que é dia.
Vantagens de quem mora na campanha :p
domingo, 4 de fevereiro de 2018
Será??
Que de lá fui a casa de uns amigo e estive na conversa e que acabamos a fazer ginástica no chão a rir como uns tontos. Já em casa não tinha sono então fiquei a ler até as 5h. Hoje a Daisy às 10h deu sinal de vida, vesti-me, fui passea-la. Tomei pequeno almoço e fui às compras porque já não tinha mais leite de aveia nem fruta. Já passei a ferro e agora estou sentada a ver o replay do the voice enquanto bebo um café delta. A água do Senna já está a descer. Já não tenho tanta água no jardim. A porta da garagem abriu esta noite então teve de lá ir o Steph de barco fechar, para não desaparecerem as coisas que estão a flutuar.
São 13h20 e já teria tanto para lhe contar. E ela ouviria. Ouviria. E ouviria. E semana após de semana, mês após mês, continuaria a ouvir estas descrições do meu dia que pouco interesse têm, mas que na minha voz ganhariam uma grandiosidade astronómica e lhe preencheriam uns minutos do tempo contado que tinha. Seria contado e recontado pormenor por pormenor a todos aqueles que lhe rendessem visita e, ou que lhe ligassem.
Será que lá onde ela está vê o que se passa aqui em directo, ao vivo e a cores?
Será que estaria orgulhosa?
Será que entretanto me perdoou por não ter estado presente nos últimos anos da vida dela?
Será que me perdoou por não ter ido mais vezes ve-la?
Será que me perdoou pelas vezes que liguei por automatismo e que até nem prestei verdadeiramente atenção ao que me disse?
Será que me perdoou por tantas coisas que podiam ter sido ditas e não foram?
Será? Sera? E tantos outros serás...
E eu daria tudo para me poder sentar agora no chão, pousar a cabeça no colo dela e lhe pedir para ver se eu tinha piolhos ou me fizesse uma trança só para que ela me mexesse na cabeça ou então para ir ter ao quarto dela e me deitar de manhã na cama com ela, e ficar ali no quentinho e falar de qualquer coisa ou apreciar aquele silêncio que dizia tanto.
sábado, 3 de fevereiro de 2018
Joana, a minha prima
A Joana é a neta mais nova da minha avó.
A terceira filha da minha mãe.
A minha irma mais nova.
É aquela com quem mais me identifico.
Temos as duas uma mesma máscara que vai muito para além das nossas parecenças físicas.
Uma máscara de ferro que guardamos para nos protegermos do mundo.
Escondemos os nossos medos do fracasso, os desafios que vão aparecendo, o medo do desconhecido, o medo do impacto e da desilusão.
Somos mestres na arte de camuflar os nossos medos e nervosismo com o humor.
Somos instáveis como os valores que a nossa balança nos anuncia de cada vez que nos pesamos.
Doutoradas na compensação de tudo o que é negativo com a comida.
Às vezes a máscara cai, e precisamos ouvir palavras de encorajamento, de conforto e de força.
Somos tão previsíveis e transparentes para algumas pessoas que nos basta meia palavra para saberem que não estamos bem. Para outros somos apenas umas nervosas instáveis, mal compreendidas.
Não somos fortes mas conseguimos usar uma força que é maior que este mundo, maior que nós mesmas.
Não somos corajosas mas servimos-nos de uma coragem incalculável quando somos postas à prova.
A Joana tem um coração enorme.
E eu tenho muita sorte de a ter na minha vida.
E gosto tanto dela
Tenho a sorte de ter dois irmãos, e de poder dizer que são duas das melhores pessoas que existem.
*****
No dia 29 de dezembro de 2016 escrevi-lhe esta mensagem.
Não retiro nem um ponto do que lhe escrevi.
Vim no avião a escrever te uma coisa nas notas do telem e agora vou-te mandar.
Não quero, nem posso deixar nada por dizer, porque nunca se sabe o que pode acontecer.
Quero que saibas que gosto muito de ti, muito mesmo. És a Irmã que nunca tive.
Acredito que tens uns futuro muito bonito à tua frente. Algo de muito bom te está reservado. Acredita em ti e vais ver que consegues dominar este mundo.
Faz tudo por ti e sem pensar no que os outros pensam ou pensaram alguma vez. Quando alguém achar que não consegues alguma coisa, é aí que tens de ganhar força para dar o tudo por tudo, porque, sabes uma coisa (??), para nos deitarem abaixo há gente que é muito forte mas não é por isso que são mais fortes que tu.
Guarda sempre esse jeito espontâneo, genuíno e direto que te é característico.
Não há muita gente assim.
Um grande beijinho.
Rita
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