Home sweet home

Se tudo correr bem dentro de poucos dias estou de regresso a casa.

Parece tão estúpido e ambíguo, por um lado querer ir para casa, voltar para os braços da família e amigos, mas ao mesmo tempo sei que me vai custar voltar, e isso desencoraja-me e faz-me pensar se quero ou não quero ir.

Por mais que me custe estar longe, custa-me sempre o triplo ir e voltar, ou quando alguém me vem ver e a seguir vai embora. Fica sempre aquele vazio que demora tanto tempo até ser preenchido.

Eu, como sempre, não consigo evitar pensar nisto, e, desde pequena que teimo em sofrer tudo por antecipação. Tal e qual como estou a fazer neste momento.

(foram precisos muitos anos de análise caseira com a minha mãe para poder hoje em dia admitir que sofro por antecipação)

Que falta de sorte!!

Mas porque será que à minha volta tem de haver sempre algum/a anormal?!?

E não me refiro a pessoas com handicaps físicos (com todo o respeito do mundo)... Só a handicaps mentais!!!

Arre porra, aturo com cada uma!!

Numa família grande é sempre difícil escolher e comprar presentes de natal... 

Dito isto faltam-me comprar 4 presentes. 

Os mais importantes de todos, os do núcleo familiar... Será possível?!?

Um dia destes tenho de escrever qualquer coisa num sitio qualquer.

Nem sei bem o quê, nem em que me basear.

Talvez com o tempo venha inspiração...

Dívidas

Eu tenho três dívidas de gratidão nesta vida, que nunca conseguirei pagar.

A primeira à minha mãe, que nestes anos todos, tem sido a mãe, o pai, a melhor amiga, a conselheira, o pilar, o banco.. tem sido tudo na verdade..

A segunda à minha família francesa. Que me acolheram sem me conhecerem de lado nenhum e que me tratam como netos deles. Na verdade consideram-me como netos mesmo, e interessam-se e ajudam-me tal como eles.

A terceira ao Pascal. Que me permite frequentar a oficina dele e passar lá algum tempo.
Todo aquele ambiente é-me tão familiar e sabe-me bem. Faz-me lembrar a minha infância que tantas vezes reclamei que não era para uma menina. Faz-me recordar o meu pai.

Há frases que me encaganitam cá de uma maneira:

São elas;

* Estou muito cansada

* Tenho andado com muito trabalho

* Trabalhei muito hoje




Vá-se lá saber porque é que isto me enerva.

Quer passem um dia, dois dias ou semanas..

É sempre a mesma música. Arre merda!

Só eu sei o que me custa fazer uma noite e sair de manhã e não poder dormir.

A noite... noite não é o pior... é o dia seguinte.

Tudo porquê?? Porque sinto que um grande mau humor se apodera de mim!

Como neste preciso momento.

Está um frio do caraças na rua e tenho de sair de casa, ninguém merece!

E dieta, que é bom??

Desconfio que se avaliasse a minha motivação para fazer dieta era parecido a isto: wwwwwwww

Mas ao longo do dia, que é mais grave ainda...

De manhã estou hipermotivada, até meter a primeira bolacha na boca.
Segue-se almoço light, estragado a seguir com um quadrado de chocolate, seguido de váriiiios quadrados.
à noite, jantar light mas ceia de bolachas.

ou então:

De manhã, pequeno almoço com torradas, fruta, chá.. impecável.
Almoço às 15h, depois de ter tomado pequeno almoço as 7h e não ter metido mais nada na boca...
Óbvio que como este mundo e o outro logo a abrir caminho... Entre as tonturas e sensação de desmaio que vai a acompanhar.

Assim não consigo..:(

Vou ficar uma baleiaaaaa por este andar.

E o frio que se sente?!?

Hoje andei de gorro na tola.

É uma vergonha, sim eu sei. Mas tinha frio!!

Por este andar quando chegar o frio a sério ando de fatos térmicos, polares e samarras tudo à mistura.

Será possível que mesmo aos fins de semana tenho sempre umas olheiras que quase me chegam à boca?

Parece que quanto mais durmo mais preciso dormir.. Não percebo nada disto.



E junto a isto o meu novo tipo de bronzeado: o fantasma.

Estou tão branca, que até deprime ver-me ao espelho :(

Esta imagem, para mim, poderia ter tanta legenda diferente

O meu desapego

Às  vezes gostava de não me aperceber das coisas.
Gostava de não conseguir associar pontos tão nítidos, claros, obvios...

Entristece-me. Há meses que me entristece.

Faço o exercício mais ridículo da minha vida: o fingimento.

Até que chega àquele ponto em que eu cheguei: o desapego

Vou confidenciar uma coisa:

Ando a sonhar com o dia em que tenha poder económico para comprar uma bimby.
Lembro-me dela sempre que faço sopa. Como neste momento.

Há anos que quero uma bimby. E por este andar vou andar muitos anos à espera. Mas não interessa. Um dia vou ter-te só para mim.

E vamos ser tããão amiguinhas. Tenho a certeza!! Besties :)

Comprei hoje um gorro para a tola. 

Muito mau sinal...

Sinal que já sinto frio na rua!! 

Nããõoo..

Há coisas que me ultrapassam.

E gosto especialmente quando me tentam passar por parva e me tentam manipular. Ou melhor manipulam-me a mim e a quem está à minha volta contra mim...
E eu, claro está, deixo-me fazer de parvinha, como quem não enxerga o óbvio.
É como se não me estivesse a aperceber dos verdadeiros motivos que estão por detrás de determinados comportamentos. E continua o fingimento...

Faço de conta que não é nada comigo..
Mas algum dia a bolha que camufla este meu sentimento vai rebentar e eu vou dizer o que penso...