terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Não há nada pior, nesta merda de estar longe, que saber que há alguém que não está bem, e ter de se ficar à espera de acontece alguma coisa ou não, esta indecisão do vou ou não vou. 

Será que se tivesse optado por ter ficado  seria diferente? 

"Gosto dos meus netos todos igual, mas tu tiveste um investimento diferente dos outros" disse-me da última vez que fui à casa. 

Preferia que não tivesse sido. Preferia ter sido mais distante. Agora era tudo diferente. Se calhar não sentia tanto este medo de a perder. 

Digo isto, mas é mentira. Não o sinto. 


E mãe, no dia em que fores tu, largo tudo e vou para aí.  

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