terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Se me dissessem há uns anos atrás que iria tirarar uma licenciatura, iria viver em frança, e iria trabalhar num bloco operatório, eu não ia acreditar.

Há dias que gostava de fechar os olhos e acordar em portugal. Onde é realmente a minha casa e onde sempre vai ser.

Mas há outros dias que não. Já tenho aqui a minha casa, as minhas coisas. O meu trabalho onde tenho aprendido tanto. Gente com quem adoro trabalhar (outros nem por isso, dizendo a verdade). Começo a ganhar credibilidade no meu trabalho e a ser reconhecida no que faço..

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Agora mesmo estou deitada num sofá a olhar para uma janela enorme que dá para o rio senna. Não é que haja beleza ou grandiosidade alguma nisso. É pela oportunidade de ter podido sair de um Portugal perdido, em esperança, sem oportunidade, e ter vindo parar a um sitio onde felizmente ainda há isso mesmo.

Independentemente de sentir saudades de casa o tempo todo, lembro-me muitas vezes de uma frase que me ajuda a atenuar o peso da palavra "emigrante": "em terras pequenas nunca ninguém se fez grande"